quinta-feira, 19 de agosto de 2021

33 em 33


 Isso é um agradecimento, é quase uma carta de amor, não é pois seriam milhares e tratar de amor com números não é muito a minha cara! Aliás qual a minha cara? Eu ainda não encontrei o que estou procurando. De 1988 até aqui, de setembro a setembro, de sol até a chuva que insiste em cair em novembro, de Diego até todos vocês que recém chegaram e tentam entender essa maré viva que me tornei , entre Cascavel e o resto do mundo (dessa vez sem exagero), Santa Felicidade e onde for meu lar, de tão pouco a tudo isso que as vezes nem sei se mereço. Do tanto que você imaginar de mim, julgar, conhecer, pensar e ainda sim permanecer ao meu lado, eu preciso dizer obrigado! Pelos setembros que tem terminado, pelas amizades que nunca findam, pelas que descansam em paz, mas que reviverão nos abraços que em breve darei, nas memórias dos nossos dias de glória, ou se perdem no caminho do garoto perdido. Pelos dias sem fotos, por todas as garotas sem rosto, pela mãe que nunca muda, a cidade que parece que se cansou de mim, a banda que faz minha vida, o Deus que insiste em não desistir de mim, obrigado ao espectador e participante dessa jornada que busca entender o que nem eu sei na maioria das vezes, um fantasma de mim, pelas promessas que ainda vão se cumprir, ou no mínimo não serão quebradas, eu juro, não irão! Por você e alguém mais. Por toda lembrança que caminha junto com o sorriso infinito da alma inquieta que te chama na noite pra sorrir, a cada lágrima contida um motivo pra dizer que valeu a pena acreditar no que quer que seja, em algo que não há valor, um motivo pra dizer obrigado. Entre Rodrigo, Danielly, JéssicaScarlath, Douglas, Jonathan, Ronaldo, Jean, Diego e Augusto existe uma ponte que liga os dias que caminhei por aqui, e tantos outros caminharam, que me levaram nos braços mesmo quando pensavam que eu os cuidava com olhos bem abertos; eu estava cansado, obrigado. Pois João não ficou quanto tempo a lógica diz que deveria, a música, o jogo, a arte, o tempo, a vida ajudou a me moldar; eu não sabia, mas só é capaz quem respira. Por minha mãe, e quem ousou crer em mim, eu vou com o vento na cara. A os nomes perdidos, esquecidos, não lembrados, apagados, pessoas perdidas e que me perdoaram, aos lugares visitados, a toda hospitalidade oferecida, hostilidade respondida, a cada ferida que nunca cura feita por mim mesmo, e algumas vezes por quem tentou me ajudar, e um resto de mundo que é contra mim, aos tombos levados e as quedas sofridas, aos que me dão a mão quando eu ainda preciso lembrar de que lado estou, obrigado; talvez, perdão; muito do meu mérito é de vocês e grande da parte da culpa do que não consegui é só minha. Por todos os próximos vinte e dois ou trinta e três dias, por todos os vinte e um do nove, a cada mil novecentos e oitenta e oito que se repete a cada ano momento, como num buraco de minhoca sem fim, eu irei e estarei aqui, eu voltarei e direi, me sentarei ao meu próprio lado pra esperar o próximo setembro chegar. Tentarei chegar mais próximo quando sentar, e ter mais histórias pra contar, mas por enquanto me desculpe por não saber tudo, por dizer muito, por te confundir um pouco, e por não me calar. Por todos esses dias, digo novamente: obrigado, espero agradecer ainda mais do que pedir perdão. Eu estarei por aqui nos próximos trinta e três dias, anos, e se eu me perder de novo, faz parte do caminho, eu sei.

Acorde, nós estamos sonhando. 

Ler ouvindo “Outro” - M83

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Última Estação


"Leve a noite e escureça tudo a minha volta. Chame as nuvens, e me ouçam atentamente, estou perdido sem vocês..."

Passar anos em minutos, as incontáveis fotos, as emoções tão fortes quanto poderíamos sentir, comentar sobre uma tarde e já lembrar de outras dezenas que já compartilhamos, poder passar horas falando de um assunto que no tempo nos tomou pouco mais de três minutos, lembrar do quanto cada um é importante e o quanto já estamos atrasados pra continuar a conversar.
Aliás, há pouco pra se falar, se não nos atemos as memórias, se a cada passo dado, nos distanciamos, se a cada dia que se passa os ideais se confundem com os ideais daqueles que também confundem as idéias que tentei esclarecer quando os confundia.
Foi um sonho, uma ilusão boa, um desespero contente, mas, embora o sol seja sol, não pode iluminar as noites que virão, e enfim vieram.

"Odeio sua lembrança, lamentos são melhores quando não ditos..."

Pobre de mim, tão acostumado com o cotidiano marcado das palavras repetidas, das mesmas músicas que me bastam e calam as mais antigas e novas perguntas, me obrigo a me recolher, pra esperar o sol de amanhã chegar, enquanto meus amigos socializam com aberrações, se acostumam com uma nova ordem que juraram nunca aceitar, não tão breve sei que verei de ponta cabeça os crucifixos outrora tão vigorosamente levantados como bandeira de uma luta.
Antes que chegue o dia, quem sabe, verei defensores da natureza deixando de se importar com a Amazônia, pois já deixaram de se importar com seus valores, então como as mudanças tão normais, é apenas questão de tempo. Questão de tempo para que toda essa modernidade aceite não apenas o aborto dos seus ideais que você deixou morrer, mas uma vida que surgiu onde se quer havia amor, que seus amigos aberrações adotem um filho, que de uma vez, se legalize tudo o que puder, toda droga boa, toda boa sensação mais rápida que a lágrima que nada consegue impedir de cair, que se consuma tudo o que cabe dentro de um comentário de cento e quarenta caracteres, um pouco maiores do que você aceitou ser, por troca de uma aceitação que ninguém deveria merecer.

"E tudo foi em vão, te afligir não me deixa aberto..."

E eu os deixo, em paz, onde estão, como estão, não foi uma derrota, foi uma batalha, que perdi, mas que venço enquanto me convenço que me basta o que sou, me basta o que já fiz, inclusive por vocês, e que não resta outro sentimento a não ser amor, mas o poeta diz que devemos deixar as coisas que amamos livres, e é isso que desejo que sejam, que se desprendam desses laços que hoje controlam os braços e as pernas que já caminharam em direção à luz. Permaneço nos mesmos lugares, com o rádio nas mesmas faixas, sempre tocando a música que salvou a minha vida, acreditando nas mesmas coisas, no mesmo Deus que insiste em acreditar em mim e errando a cada passo que dou, e sempre estou caminhando. Nós caímos e levantamos, é a única ordem que sigo, é uma ordem natural da humanidade, sejam humanos e não hajam diferente do que realmente são.

"Vou me consertar antes que isso me domine..."

De quem vos ama sempre.
"Estou caído, mas vou renascer sobre isso."

Ler ouvindo (com raiva): "Rise above this" - Seether
Foto: "Happy Sunday" - by Rafael Bonfim
@rafaelbonfim on twitter.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Afinal o que é o Rock n' Roll?


Não são os óculos do Jonh nem o olhar do Paul... Não é a indústria e o comércio do quais eles foram vítimas e vitimaram toda uma geração.
Ou toda mega produção de shows, tours, de cabelos, maquiagens, imagem, roupas, dinheiro, mulheres, fama, glamour e tudo isso que aparenta ser.
Mais fácil até dizer, o que não é o rock and roll. Não são meteoritos, que caem, chamam alguma atenção, algum estrago, trazem pouca luz e antes que clareie o dia são esquecidos, pois afinal quantas marcas dignas, justas e merecidas, quantas tatuagens de bandas da moda você já viu? E nem vou citá las pra dificultar um pouco pra todos nós.
Pra facilitar um pouco, e também pra ser alvo de críticas irei dizer o que penso ser isso que de maneira insana e as vezes mal vista e tantas vezes incompreendida que a terra chama de Rock, ou pra alguns Rock and Roll.
É cada sonho construído em cima de uma guitarra de terceira linha adquirida, que chega no máximo ao festival da escola, na cidade vizinha, ou vai até o casamento, talvez antes no vestibular, mas que a cada acorde ouvido é instantaneamente ressuscitado, embora saiba que no minuto seguinte tem que morrer, pois toda essa super produção cabe dentro de um coração, e não existe nada mais fiel do que um coração de um roqueiro certa vez ouvi dizer.
Não se resumem aos cabelos compridos cultivados, mas há de se respeitar o empenho em deixá los assim pra que todos que vejam pensem: "eis ali um rocker", também cada camiseta preta vestida religiosamente nos mais de trinta graus nesse país tropical.
O Rock é feito de toda, toda banda independente que sonha um dia ter chance de mostrar seu talento e ser reconhecido por ele, e antes que isso aconteça, dedica parte do seu tempo ensaiando para aquele show de sábado que vem gratuito onde terá um equipamento de som insuficiente que possívelmente foi levado de ônibus por parte de outra banda enquanto outros não tiveram dinheiro e foram a pé.
É acordar segunda feira ir trabalhar e ser o diferencial, quem sabe ser reconhecido pelo que faz e ganhar o merecido dinheiro, pra imbecilmente investir no hobby que pra alguns nunca dará futuro, mas qual presente os senhores que nos empregam construíram pra dizer o que é certo ou errado? E quem disse que queremos futuro algum? Nos bastam os vinte segundos da guitarra solando pra que possamos na próxima segunda feira termos um motivo decente pra bater o cartão. Também pode ser pra alguns, não para mim, a sublime arte de sobreviver, perambular, encontrar casa em qualquer canto, cantar, tocar e viver até que o destino lhe traga algo bom, sem nenhum esforço, trabalho ou o que quer que seja convencional.
Pra mim são os covers, tão praticados, tão arquitetados e da melhor maneira gravados pra que vejam sua devoção a tal banda, sua homenagem ou qual interpretação do sentimento que só você tem quando ouve algo e gostaria de compartilhar com alguém, ou com todo o Youtube.
As amizades feitas, as cervejas baratas compartilhadas, ou a cara que custou ser comprada pra apenas compartilhar da mesma sensação de alguém que lá longe faz com a garrafa verde na mão enquanto posa pra uma foto, os burgueses com seus equipamentos caros e sonhos prontos que ninguém quer consumir, a guitarra emprestada, o cabo que nunca volta, aquele pedestal que você nunca mais viu, a palheta ganhada de um guitarrista desconhecido mas que fez sua noite inesquecível, o par de baquetas incompatível, as histórias que não tem sentido se não forem contadas milhares de vezes, e o sonho de um dia chegar lá e dizer tudo que tem pra dizer, e não fazer feio, pois tanta gente até agora te apoiou.
É a eterna troca entre a você e aqueles que já estiveram em seu lugar, e agora estão nos palcos, que ficam nos backstages com crachás escrito "Banda"; você precisa da melodia, emoção, letra e música pra que sua vida tenha sentido, eles precisam da sua devoção pra não ser apenas mais um meteorito e sim uma estrela que sempre brilha, não importando que seja vista por milhares ou milhões, o importante é que o rock nunca deve acabar.
Amor, devoção, disposição, loucura, paixão, fidelidade, e mais infinitas palavras que soam honradas embora as vezes contrastem com elas próprias resumem o rock.
Pra mim, um dia sem rock, é um dia perdido... Pra ti, o que é o Rock and Roll?

Ler ouvindo: "Priece of fame" - Submersed
Foto: "Insonia" - by Rafael Bonfim
@rafaelbonfim on twitter.

sexta-feira, 25 de março de 2011

sem nome

Quando criança não compreendia muito, hoje queria aqueles dúvidas pra saciar as vontades que só degradam o que sonhava outrora.
Quando perdido em meio a idade que não acusa e não liberta queria fugir e nunca mais voltar pois tanta gente me fez sofrer até então.
Ainda não entendi tanta coisa, duvido de tantas ainda mais, ainda não sei qual a finalidade de tantas perguntas, se no final as respostas não satisfazem o que realmente queremos ouvir.
Ainda queria ver se bem longe realmente o sol se põe tão belo quanto aqui, pra voltar e te contar.
Talvez, hoje, mais que ontem, do que sempre e nunca sou mais criança, alías, meu coração jamais envelhece, e minha alma nunca desiste de sonhar, nem meu coração de lutar.
Talvez quase todo dia encontre meu "vôo da águia" nos últimos dez anos ou mais, ao mesmo passo que sinto como alguém que caminha abismo adentro com infinitas velas pra guiar outros por caminhos que não conhece, mesmo assim o faz, pois desde sempre tem sido assim, e continuará.
Permaneço. Permaneço pois já tentei buscar o céu antes do tempo e hoje aprisiono demônios dentro de mim, que volte e meia saem pra me defender de almas boas que acham que meu fim deveria ser ali, sem glória nem inferno, só um fim. Pobres almas.
Permaneço sem saber se meus sonhos são o que me fazem querer ir, ou o que me fez querer voltar.
Encontro dúvidas a cada solucionar, encontro guerras a cada abraço, me cobram por algo que não devo, e levo fardos de outros super-heróis, perco o sono, ganho a chance de tentar denovo enquanto chove, enquanto dormem, enquanto desistem, me alimento da derrota de muitos.
Encontro abraços, amigos, razões infinitas que me fazem dizer que: não importa as milhares de razões que tenho pra desistir, eu tenho uma pra continuar, e nos amigos vejo que também não importa o tamanho da tempestade, sempre haverá uma compania, tem sido assim faz algum tempo, e continuará.
Continuarei sem saber tanto, mas continuarei compartilhando, mais o bem do que o mal espero, continuarei escrevendo, pra que sempre alguém possa ler, e assimilar algo, concordar e discordar da minha história se possível for.
Continuarei outra hora, pois por agora, só queria te dizer que se um dia encontrar qualquer uma das respostas que tanto busco, te conto, pois espero ter você por perto.
Continuará? Continuaremos, pois somos o quê somos, e sou o que sou.
Esperando pelo meu fim, continuando.

Ler ouvindo: "Waiting for the end, Linkin Park - Cover by: Gavin Mikhail"
on twitter: @rafaelbonfim

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Goodbye.

Adeus,
até nunca mais,
Te esperei tanto, fiz tantos planos,
pra agora, não tarde agora te expulsar.
Com olhos e mente sem peso nenhum,
digo "bem vindo" ao que está por vir,
e faço lhe as mesmas promessas,
de tentar outra vez tudo denovo,
pois Deus sabe que em ti tentei...
Agora te encontro nas minhas teorias,
te encontro nas minhas lembranças,
pois em vida real, em tempo real,
nunca mais...
Mas digo, obrigado ano velho.
Feliz ano novo, pra valer, dessa vez pra valer!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Apenas!


Repetir as mesmas cenas, me dar ao direito de pela última vez apertar no Replay do site que sequer olho, pois me bastam as notas do violão e a letra da música que diz tanto, tanto que me calo pra meu silêncio lhe incomode, apenas nesse dia que antecede nosso aniversário.
Apenas repetir o caminho que fiz sem modificar os atos, os fatos, boatos, do enredo que me conduziu a pensar se preciso mesmo voltar a ser como outrora pra poder tanto como quero escrever de outra maneira o final que o destino me reservou.
Apenas saber que os doze minutos que me restam são de alguma utilidade, pelo menos pra quem deseja passar grande parte da vida em repouso, então partilhar do fim do mundo ou do encerrar dessa hora não difere em muita coisa, lhe ofereço onze, um preciso pra me concentrar no que direi.
Outra vez escrever algo, apagar, escrever e ao final errar algo que é tão importante, pensar, calar, abrir a boca, repensar, dizer e não agradar, planejar, observar, agir e errar, apenas não me dar ao luxo de que não foi em vão, o que escrevi, pensei, fiz, disse, rezei, evitei, propus, lutei e perdi, mas lutei, apenas não, fato que não.
Pra mais uma vez, buscar entender quais foram os fatos que me fazem dizer apenas, pra não me preocupar em encontrar milhões de desculpas pra justificar algo que não se justifica com palavras, pra perdoar os mais duros pecados que eu causei contra mim, apenas contra mim, mas por não conseguir ser tão forte quanto o sol, chegaram até você, e levaram algo que não tinha valor até se ir, para sempre de ti, como pra sempre se foi de mim.
Apenas, apenas entender com a mesma facilidade com que se respira que nada seria tão fácil como pensávamos, ou seria tão difícil como nos disseram, ou no mínimo que nos faria chorar mais vezes do que merecíamos, mas é um fardo que merecíamos, caso não, não estaríamos aqui agora, apenas buscando entender o porquê disso tudo, querendo ou não, merecendo ou não.
Finalmente, esperando o fim da canção pra crer que algo nos liga, ou ainda nessa mesma encontrar uma boa rima pra repetir, ou até ignorar o que está por vir, e apreciar essa chance de contemplar o que temos hoje, pra suprirmos as perdas de ontem, pra termos uma chance amanhã, na próxima canção, até ao fim desses doze minutos, dos quais onze são seus, pra apenas mudarmos algumas palavras, não perdendo o sentido do que queremos, ser, ter, ir, encontrar, e nunca mais perder, e finalmente, finalmente pedir, apenas mais uma chance.

Foto: "Apenas" - By Txuh
Ler ouvindo: "The Scientist - Acoustic" - Coldplay, mais uma vez*
on twitter: @rafaelbonfim @txuuuh

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Countdown

Ao final de toda contagem regressiva...
Se percebe que toda ansiedade foi vã,
que a frustração já era sabida,
que a derrota não era algo a se ignorar mais uma vez,
e que a expectativa trouxe algo de saudade e solidão ao final disso tudo.
E que se houver glória, é simplesmente porque foi merecido!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vinte e Dois em Vinte e Dois...


Isso é um agradecimento, é quase uma carta de amor, não é pois seriam milhares e tratar de amor com números não é muito a minha cara!
Aliás qual a minha cara? De 1998 até aqui, de setembro a setembro, de sol até a chuva que insiste em cair em novembro, de Diego até Natielly, entre Cascavel e o resto do mundo, Santa Felicidade e Canadá, de tão pouco a tão pouco ainda, de tanto pra o que você imaginar de mim,
eu preciso dizer obrigado!
Pelos setembros que tem terminado, pelas amizades que nunca findam, pelas que descansam, ou se perdem no caminho do garoto perdido, pelos dias sem fotos, por todas as garotas sem rosto, pela mãe que nunca muda, a cidade que é minha vida, a banda que faz minha vida, o Deus que insiste em não desistir de mim, obrigado ao leitor que busca entender o que nem eu sei na maioria das vezes, um fantasma de mim, pelas promessas que ainda vão se cumprir, ou no mínimo não serão quebradas, eu juro, não irão! Por você e alguém mais.
Por toda lembrança que caminha junto com o sorrisso infinito da alma inqueta que te chama na noite pra sorrir, a cada lágrima contida um motivo pra dizer que valeu a pena acreditar no que quer que seja, em algo que não há valor, um motivo pra dizer obrigado.
Entre Rodrigo, Dannyelly, Vanessa, Jéssica, Scarlath e Heloísa existe uma ponte que liga os dias que caminhei por aqui, e tantos outros caminharam, me levaram nos braços mesmo quando pensavam que eu os cuidava com olhos bem abertos, eu estava cansado, obrigado.
Pois se João não ficou quanto tempo eu queria, Scott me dizia em um idioma estranho com os punhos cerrados algo sobre sacrifício na tv que seria meu fim, que ajudou a me moldar, eu não sabia, mas só é capaz quem respira, e por João eu vou com os pulmões bem abertos até o fim, por aqueles cujo nome terminam assim como o meu. Um final satisfatório, um bom final e no final se diz: Obrigado.
Entre o preconceito e a flexibilidade que me coloca no fio da navalha a cada nascer do sol que me toca e me diz que preciso tomar uma decisão a cada piscar de olhos, e aguentar as consequencias e ser mais forte do que o sol, que entrem os mestres, que sentem, que digam o que acham sobre um pouco de tudo que digo e preciso dizer custe o que custar, que me ouçam dizendo que a eles sou gratos, de Berenice até aquele que agora leciona, Obrigado.
A Todos os nomes perdidos, esquecidos, não lembrados, errados, pessoas encontradas, lugares visitados, a toda hospitalidade oferecida, hostilidade respondida, a cada ferida que nunca cura feita por menos de meia dúzia de garotas e um resto de mundo que é contra mim, aos tombos levados e as quedas sofridas, aos que me dão a mão quando eu preciso saber de que lado estou, pois quem sou nunca saberei, assim como sempre soube quem nunca serei, Obrigado, e talvez, perdão, todo mérito é de vocês e grande da parte da culpa cabe a mim.
Por todos os próximos vinte e dois dias, por todos os vinte e um do nove, a cada mil novecentos e oitenta e oito que se repete a cada ano numa teoria que não tem nenhum argumento, eu irei e estarei aqui, eu voltarei e direi, me sentarei ao seu lado pra esperar o próximo setembro chegar, tentarei chegar mais próximo quando sentar, e ter argumentos melhores pra dizer, mas por enquanto me desculpe por não saber muito, por dizer muito, por te confundir um pouco, e por não me calar.
Por todos esses dias, só digo uma coisa, obrigado, espero agradecer mais do que pedir perdão. Novamente, Obrigado, eu estarei por aqui nos próximos vinte e dois dias, anos, não se perca tanto, pois eu vou te achar, e você vai ter vinte e dois motivos pra agradecer. Vai sim!
Obrigado.

Foto: "Sunrise" - By Txuh
Ler ouvindo: "September" - Daughtry.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Andando em círculos...


É algo contigo... Comigo também, ainda acredito em milagres, na magia do amor, nas cores sem a música, ou na música sem cores, meus heróis são os mesmos, mantenho a mesma fé, meio cínico, meio cheio de vazios, totalmente crente de que em muito pouco enlouquecerei se não fizer aquilo que a tanto queria fazer. O que eu queria tanto fazer? ... Só sei que me corrói!
Vezes ao ano me pego andando pelas mesmas ruas, como quem quer relembrar de algo, as vezes acabo relembrando, acabo vivenciando, reencontrando velhas faces, mas não as mesmas pessoas, mas raramente, bem raramente encontro algumas faces diferentes, com mais marcas, com braços cansados e olhares tristes, porém são as mesmas pessoas, de coração alegre, abraço disposto e uma esperança que acaba de quem acaba de nascer, sabendo que é sempre a última que morre.
Sempre me lembro de você, de você, e de ti, ... de ti nunca me esqueço, parece um rito, na mesma hora, todo dia, os mesmos passos me levam até o mesmo local, onde me viro e a quarta pessoa me chega a lembrança, isso acaba essa semana... Quem será você hoje? Caminha em círculos?
Caminho a procura de quem sou, de quem ainda desejo ser, procuro caminhar pra não esquecer quem eu era, pra levar algo de bom do que fui sempre a diante, caminho pra não ficar naquela paz vazia que nada dizia a ninguém, procuro uma guerra justa, ou uma justiça a ser feita, caminho em direção as trevas quando é noite, caminho contrário ao sol quando é dia pois toda claridade me irrita, procuro um termo médio que me agrade, caminho em direção a nunca ser um termo médio que agrade a maioria... Caminho e procuro, me perco pois acho que não encontrei um caminho pra mim... Espero encontrar, espero te encontrar, espero mais um minuto, não demore ou não tarde voltar.
Talvez precise mais de mim hoje, essa noite do que eu de você, mas não se engane, a não ser que você esteja totalmente perdida guiada pelos sonhos e pelo medo do fracasso, dificilmente te encontrarei, e mais dificilmente poderei te ajudar fora dessas circunstancias... Mude seu rumo, diga algo que faça sentido, me prometa e cumpra, cumpra, mude sua rota pra mais perto... Se for preciso ande em círculos, pois eu sempre andarei, buscando cada vez um ângulo maior, mas sempre em círculos, pra ir longe e voltar aqui, perto de mim, perto de ti...
Andando em Círculos.

Foto: "Cogumelo do Sol!" - By Txuh
Ler ouvindo: "Superman Tonight"- Bon Jovi

segunda-feira, 8 de março de 2010

Eu estive frente a frente...

Frente frente com a morte e ela sorriu pra mim,
encarei de frente a arma mas não pude ver o tiro,
nem ouvir o som, nem pensar em morrer, disse adeus e sobrevivi.
A Morte tinha cor de pesadelo que engana como um sonho bom, mas
não convence quem respira liberdade do dia dia preto e branco da vida.

Eu estive frente a frente com a vitória, ela brilhava como ouro, me virei e procurei pelo sobrevivente derrotado, perguntei: "Onde é a sua outra luta?"... e o segui.
Terminar tudo aqui não teria sentido, eu preciso ouvir denovo retinir dos tambores,
o barulho das espadas e os gritos, gemidos e choros de dor, os corpos pelo chão, pra provar
que a graça de estar vivo é estar lutando pra não morrer, e que esconder-se
da batalha também é uma forma de estar morto.

Eu estive frente a frente com o amor, tinha olhos verdes de sinceridade,
mas antes que o fizesse, se virou e partiu em silêncio, enquanto eu calado
gritava pra que ficasse aqui. Antes que a lágrima tocasse o chão eu já estava longe
rasgando cartas que nem escrevi, mudando estrofes da letra da canção, pra continuar
a crer que o amor não termina aqui, mas que embora tudo se vá, só nos restará
o amor, e por ele viveremos e morreremos se preciso for.

Eu estive frente a frente com a vida plena, e ela me convidou pra dançar, aceitei!
Em passos confusos dançamos por algum tempo, ela valsava e eu a acompanhava
como podia, porém nunca me afastava ou soltava sua mão, espero que quando a música
terminar eu esteja no mesmo compasso que a vida pra deixá -la de forma satisfatória,
pois da melhor maneira que pode, ela me satisfaz!

Eu me curvei pra um falso deus, até estar frente a frente com o Deus da verdade,
mesmo assim dei as costas a Ele de certa forma, pra não enlouquecer enquanto via
o quanto ele era perfeito e bom e eu incapaz e maldoso, então corri, levei os ensinamentos
e prometi que iria sempre me superar em honra ao seu nome, Ele então me disse: "Vá em paz!".

Eu encontrei a paz, mas perdi o sossego quando acreditei que era capaz de começar tudo
denovo por algo maior, eu desisti de desistir quando vi que existe um céu maior que a dor,
percebi que toda lágrima é um motivo pra não desistir, eu estive frente a frente com a paz,
e ela me ofereceu uma arma pra lutar, eu aceitei e gritei: "Quem virá comigo?", mas ninguém
respondeu, então parti, e esse é o único registro que se tem de mim.

Eu dei as costas pra derrota, pro demônio, pra fama, riqueza, e vícios enquanto pude,
me apeguei a algo que pensei ser útil no caminho, mas ainda sei quem é meu inimigo,
então não se engane quando me ver por aí, posso não saber onde estou, mas nunca
me esqueci de onde vim e onde devo ir!

Ler ouvindo: "45" - Shinedown