terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vinte e Dois em Vinte e Dois...


Isso é um agradecimento, é quase uma carta de amor, não é pois seriam milhares e tratar de amor com números não é muito a minha cara!
Aliás qual a minha cara? De 1998 até aqui, de setembro a setembro, de sol até a chuva que insiste em cair em novembro, de Diego até Natielly, entre Cascavel e o resto do mundo, Santa Felicidade e Canadá, de tão pouco a tão pouco ainda, de tanto pra o que você imaginar de mim,
eu preciso dizer obrigado!
Pelos setembros que tem terminado, pelas amizades que nunca findam, pelas que descansam, ou se perdem no caminho do garoto perdido, pelos dias sem fotos, por todas as garotas sem rosto, pela mãe que nunca muda, a cidade que é minha vida, a banda que faz minha vida, o Deus que insiste em não desistir de mim, obrigado ao leitor que busca entender o que nem eu sei na maioria das vezes, um fantasma de mim, pelas promessas que ainda vão se cumprir, ou no mínimo não serão quebradas, eu juro, não irão! Por você e alguém mais.
Por toda lembrança que caminha junto com o sorrisso infinito da alma inqueta que te chama na noite pra sorrir, a cada lágrima contida um motivo pra dizer que valeu a pena acreditar no que quer que seja, em algo que não há valor, um motivo pra dizer obrigado.
Entre Rodrigo, Dannyelly, Vanessa, Jéssica, Scarlath e Heloísa existe uma ponte que liga os dias que caminhei por aqui, e tantos outros caminharam, me levaram nos braços mesmo quando pensavam que eu os cuidava com olhos bem abertos, eu estava cansado, obrigado.
Pois se João não ficou quanto tempo eu queria, Scott me dizia em um idioma estranho com os punhos cerrados algo sobre sacrifício na tv que seria meu fim, que ajudou a me moldar, eu não sabia, mas só é capaz quem respira, e por João eu vou com os pulmões bem abertos até o fim, por aqueles cujo nome terminam assim como o meu. Um final satisfatório, um bom final e no final se diz: Obrigado.
Entre o preconceito e a flexibilidade que me coloca no fio da navalha a cada nascer do sol que me toca e me diz que preciso tomar uma decisão a cada piscar de olhos, e aguentar as consequencias e ser mais forte do que o sol, que entrem os mestres, que sentem, que digam o que acham sobre um pouco de tudo que digo e preciso dizer custe o que custar, que me ouçam dizendo que a eles sou gratos, de Berenice até aquele que agora leciona, Obrigado.
A Todos os nomes perdidos, esquecidos, não lembrados, errados, pessoas encontradas, lugares visitados, a toda hospitalidade oferecida, hostilidade respondida, a cada ferida que nunca cura feita por menos de meia dúzia de garotas e um resto de mundo que é contra mim, aos tombos levados e as quedas sofridas, aos que me dão a mão quando eu preciso saber de que lado estou, pois quem sou nunca saberei, assim como sempre soube quem nunca serei, Obrigado, e talvez, perdão, todo mérito é de vocês e grande da parte da culpa cabe a mim.
Por todos os próximos vinte e dois dias, por todos os vinte e um do nove, a cada mil novecentos e oitenta e oito que se repete a cada ano numa teoria que não tem nenhum argumento, eu irei e estarei aqui, eu voltarei e direi, me sentarei ao seu lado pra esperar o próximo setembro chegar, tentarei chegar mais próximo quando sentar, e ter argumentos melhores pra dizer, mas por enquanto me desculpe por não saber muito, por dizer muito, por te confundir um pouco, e por não me calar.
Por todos esses dias, só digo uma coisa, obrigado, espero agradecer mais do que pedir perdão. Novamente, Obrigado, eu estarei por aqui nos próximos vinte e dois dias, anos, não se perca tanto, pois eu vou te achar, e você vai ter vinte e dois motivos pra agradecer. Vai sim!
Obrigado.

Foto: "Sunrise" - By Txuh
Ler ouvindo: "September" - Daughtry.

3 comentários:

Ana Siqueira disse...

Obrigado! Foi complicado, mas ao mesmo tempo tocou a alma! *-*

Fernanda Storti disse...

Não sei por que motivos, quando li sobre esse Scott de punhos fechados, falando em uma língua estranha sobre sacrefícios, eu me emocionei muito. Essa cena quer dizer muito pra mim, foi ali que, tb, comecei a mudar... Obrigada, vc! Por existir, por escrever... Obrigada!

Jéssica Bez Batti disse...

Nunca foi tão fácil pra mim entender um post seu.
Eu sempre vou amar você Rafael Machado Bonfim, por tudo o que você é e sempre será.
Por hora, agradeço a você por me deixar fazer parte disso tudo. Obrigada.
E ainda vou agradeçer a sua mãe, pelo favor que ela me fez.