quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Goodbye.

Adeus,
até nunca mais,
Te esperei tanto, fiz tantos planos,
pra agora, não tarde agora te expulsar.
Com olhos e mente sem peso nenhum,
digo "bem vindo" ao que está por vir,
e faço lhe as mesmas promessas,
de tentar outra vez tudo denovo,
pois Deus sabe que em ti tentei...
Agora te encontro nas minhas teorias,
te encontro nas minhas lembranças,
pois em vida real, em tempo real,
nunca mais...
Mas digo, obrigado ano velho.
Feliz ano novo, pra valer, dessa vez pra valer!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Apenas!


Repetir as mesmas cenas, me dar ao direito de pela última vez apertar no Replay do site que sequer olho, pois me bastam as notas do violão e a letra da música que diz tanto, tanto que me calo pra meu silêncio lhe incomode, apenas nesse dia que antecede nosso aniversário.
Apenas repetir o caminho que fiz sem modificar os atos, os fatos, boatos, do enredo que me conduziu a pensar se preciso mesmo voltar a ser como outrora pra poder tanto como quero escrever de outra maneira o final que o destino me reservou.
Apenas saber que os doze minutos que me restam são de alguma utilidade, pelo menos pra quem deseja passar grande parte da vida em repouso, então partilhar do fim do mundo ou do encerrar dessa hora não difere em muita coisa, lhe ofereço onze, um preciso pra me concentrar no que direi.
Outra vez escrever algo, apagar, escrever e ao final errar algo que é tão importante, pensar, calar, abrir a boca, repensar, dizer e não agradar, planejar, observar, agir e errar, apenas não me dar ao luxo de que não foi em vão, o que escrevi, pensei, fiz, disse, rezei, evitei, propus, lutei e perdi, mas lutei, apenas não, fato que não.
Pra mais uma vez, buscar entender quais foram os fatos que me fazem dizer apenas, pra não me preocupar em encontrar milhões de desculpas pra justificar algo que não se justifica com palavras, pra perdoar os mais duros pecados que eu causei contra mim, apenas contra mim, mas por não conseguir ser tão forte quanto o sol, chegaram até você, e levaram algo que não tinha valor até se ir, para sempre de ti, como pra sempre se foi de mim.
Apenas, apenas entender com a mesma facilidade com que se respira que nada seria tão fácil como pensávamos, ou seria tão difícil como nos disseram, ou no mínimo que nos faria chorar mais vezes do que merecíamos, mas é um fardo que merecíamos, caso não, não estaríamos aqui agora, apenas buscando entender o porquê disso tudo, querendo ou não, merecendo ou não.
Finalmente, esperando o fim da canção pra crer que algo nos liga, ou ainda nessa mesma encontrar uma boa rima pra repetir, ou até ignorar o que está por vir, e apreciar essa chance de contemplar o que temos hoje, pra suprirmos as perdas de ontem, pra termos uma chance amanhã, na próxima canção, até ao fim desses doze minutos, dos quais onze são seus, pra apenas mudarmos algumas palavras, não perdendo o sentido do que queremos, ser, ter, ir, encontrar, e nunca mais perder, e finalmente, finalmente pedir, apenas mais uma chance.

Foto: "Apenas" - By Txuh
Ler ouvindo: "The Scientist - Acoustic" - Coldplay, mais uma vez*
on twitter: @rafaelbonfim @txuuuh

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Countdown

Ao final de toda contagem regressiva...
Se percebe que toda ansiedade foi vã,
que a frustração já era sabida,
que a derrota não era algo a se ignorar mais uma vez,
e que a expectativa trouxe algo de saudade e solidão ao final disso tudo.
E que se houver glória, é simplesmente porque foi merecido!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vinte e Dois em Vinte e Dois...


Isso é um agradecimento, é quase uma carta de amor, não é pois seriam milhares e tratar de amor com números não é muito a minha cara!
Aliás qual a minha cara? De 1998 até aqui, de setembro a setembro, de sol até a chuva que insiste em cair em novembro, de Diego até Natielly, entre Cascavel e o resto do mundo, Santa Felicidade e Canadá, de tão pouco a tão pouco ainda, de tanto pra o que você imaginar de mim,
eu preciso dizer obrigado!
Pelos setembros que tem terminado, pelas amizades que nunca findam, pelas que descansam, ou se perdem no caminho do garoto perdido, pelos dias sem fotos, por todas as garotas sem rosto, pela mãe que nunca muda, a cidade que é minha vida, a banda que faz minha vida, o Deus que insiste em não desistir de mim, obrigado ao leitor que busca entender o que nem eu sei na maioria das vezes, um fantasma de mim, pelas promessas que ainda vão se cumprir, ou no mínimo não serão quebradas, eu juro, não irão! Por você e alguém mais.
Por toda lembrança que caminha junto com o sorrisso infinito da alma inqueta que te chama na noite pra sorrir, a cada lágrima contida um motivo pra dizer que valeu a pena acreditar no que quer que seja, em algo que não há valor, um motivo pra dizer obrigado.
Entre Rodrigo, Dannyelly, Vanessa, Jéssica, Scarlath e Heloísa existe uma ponte que liga os dias que caminhei por aqui, e tantos outros caminharam, me levaram nos braços mesmo quando pensavam que eu os cuidava com olhos bem abertos, eu estava cansado, obrigado.
Pois se João não ficou quanto tempo eu queria, Scott me dizia em um idioma estranho com os punhos cerrados algo sobre sacrifício na tv que seria meu fim, que ajudou a me moldar, eu não sabia, mas só é capaz quem respira, e por João eu vou com os pulmões bem abertos até o fim, por aqueles cujo nome terminam assim como o meu. Um final satisfatório, um bom final e no final se diz: Obrigado.
Entre o preconceito e a flexibilidade que me coloca no fio da navalha a cada nascer do sol que me toca e me diz que preciso tomar uma decisão a cada piscar de olhos, e aguentar as consequencias e ser mais forte do que o sol, que entrem os mestres, que sentem, que digam o que acham sobre um pouco de tudo que digo e preciso dizer custe o que custar, que me ouçam dizendo que a eles sou gratos, de Berenice até aquele que agora leciona, Obrigado.
A Todos os nomes perdidos, esquecidos, não lembrados, errados, pessoas encontradas, lugares visitados, a toda hospitalidade oferecida, hostilidade respondida, a cada ferida que nunca cura feita por menos de meia dúzia de garotas e um resto de mundo que é contra mim, aos tombos levados e as quedas sofridas, aos que me dão a mão quando eu preciso saber de que lado estou, pois quem sou nunca saberei, assim como sempre soube quem nunca serei, Obrigado, e talvez, perdão, todo mérito é de vocês e grande da parte da culpa cabe a mim.
Por todos os próximos vinte e dois dias, por todos os vinte e um do nove, a cada mil novecentos e oitenta e oito que se repete a cada ano numa teoria que não tem nenhum argumento, eu irei e estarei aqui, eu voltarei e direi, me sentarei ao seu lado pra esperar o próximo setembro chegar, tentarei chegar mais próximo quando sentar, e ter argumentos melhores pra dizer, mas por enquanto me desculpe por não saber muito, por dizer muito, por te confundir um pouco, e por não me calar.
Por todos esses dias, só digo uma coisa, obrigado, espero agradecer mais do que pedir perdão. Novamente, Obrigado, eu estarei por aqui nos próximos vinte e dois dias, anos, não se perca tanto, pois eu vou te achar, e você vai ter vinte e dois motivos pra agradecer. Vai sim!
Obrigado.

Foto: "Sunrise" - By Txuh
Ler ouvindo: "September" - Daughtry.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Andando em círculos...


É algo contigo... Comigo também, ainda acredito em milagres, na magia do amor, nas cores sem a música, ou na música sem cores, meus heróis são os mesmos, mantenho a mesma fé, meio cínico, meio cheio de vazios, totalmente crente de que em muito pouco enlouquecerei se não fizer aquilo que a tanto queria fazer. O que eu queria tanto fazer? ... Só sei que me corrói!
Vezes ao ano me pego andando pelas mesmas ruas, como quem quer relembrar de algo, as vezes acabo relembrando, acabo vivenciando, reencontrando velhas faces, mas não as mesmas pessoas, mas raramente, bem raramente encontro algumas faces diferentes, com mais marcas, com braços cansados e olhares tristes, porém são as mesmas pessoas, de coração alegre, abraço disposto e uma esperança que acaba de quem acaba de nascer, sabendo que é sempre a última que morre.
Sempre me lembro de você, de você, e de ti, ... de ti nunca me esqueço, parece um rito, na mesma hora, todo dia, os mesmos passos me levam até o mesmo local, onde me viro e a quarta pessoa me chega a lembrança, isso acaba essa semana... Quem será você hoje? Caminha em círculos?
Caminho a procura de quem sou, de quem ainda desejo ser, procuro caminhar pra não esquecer quem eu era, pra levar algo de bom do que fui sempre a diante, caminho pra não ficar naquela paz vazia que nada dizia a ninguém, procuro uma guerra justa, ou uma justiça a ser feita, caminho em direção as trevas quando é noite, caminho contrário ao sol quando é dia pois toda claridade me irrita, procuro um termo médio que me agrade, caminho em direção a nunca ser um termo médio que agrade a maioria... Caminho e procuro, me perco pois acho que não encontrei um caminho pra mim... Espero encontrar, espero te encontrar, espero mais um minuto, não demore ou não tarde voltar.
Talvez precise mais de mim hoje, essa noite do que eu de você, mas não se engane, a não ser que você esteja totalmente perdida guiada pelos sonhos e pelo medo do fracasso, dificilmente te encontrarei, e mais dificilmente poderei te ajudar fora dessas circunstancias... Mude seu rumo, diga algo que faça sentido, me prometa e cumpra, cumpra, mude sua rota pra mais perto... Se for preciso ande em círculos, pois eu sempre andarei, buscando cada vez um ângulo maior, mas sempre em círculos, pra ir longe e voltar aqui, perto de mim, perto de ti...
Andando em Círculos.

Foto: "Cogumelo do Sol!" - By Txuh
Ler ouvindo: "Superman Tonight"- Bon Jovi

segunda-feira, 8 de março de 2010

Eu estive frente a frente...

Frente frente com a morte e ela sorriu pra mim,
encarei de frente a arma mas não pude ver o tiro,
nem ouvir o som, nem pensar em morrer, disse adeus e sobrevivi.
A Morte tinha cor de pesadelo que engana como um sonho bom, mas
não convence quem respira liberdade do dia dia preto e branco da vida.

Eu estive frente a frente com a vitória, ela brilhava como ouro, me virei e procurei pelo sobrevivente derrotado, perguntei: "Onde é a sua outra luta?"... e o segui.
Terminar tudo aqui não teria sentido, eu preciso ouvir denovo retinir dos tambores,
o barulho das espadas e os gritos, gemidos e choros de dor, os corpos pelo chão, pra provar
que a graça de estar vivo é estar lutando pra não morrer, e que esconder-se
da batalha também é uma forma de estar morto.

Eu estive frente a frente com o amor, tinha olhos verdes de sinceridade,
mas antes que o fizesse, se virou e partiu em silêncio, enquanto eu calado
gritava pra que ficasse aqui. Antes que a lágrima tocasse o chão eu já estava longe
rasgando cartas que nem escrevi, mudando estrofes da letra da canção, pra continuar
a crer que o amor não termina aqui, mas que embora tudo se vá, só nos restará
o amor, e por ele viveremos e morreremos se preciso for.

Eu estive frente a frente com a vida plena, e ela me convidou pra dançar, aceitei!
Em passos confusos dançamos por algum tempo, ela valsava e eu a acompanhava
como podia, porém nunca me afastava ou soltava sua mão, espero que quando a música
terminar eu esteja no mesmo compasso que a vida pra deixá -la de forma satisfatória,
pois da melhor maneira que pode, ela me satisfaz!

Eu me curvei pra um falso deus, até estar frente a frente com o Deus da verdade,
mesmo assim dei as costas a Ele de certa forma, pra não enlouquecer enquanto via
o quanto ele era perfeito e bom e eu incapaz e maldoso, então corri, levei os ensinamentos
e prometi que iria sempre me superar em honra ao seu nome, Ele então me disse: "Vá em paz!".

Eu encontrei a paz, mas perdi o sossego quando acreditei que era capaz de começar tudo
denovo por algo maior, eu desisti de desistir quando vi que existe um céu maior que a dor,
percebi que toda lágrima é um motivo pra não desistir, eu estive frente a frente com a paz,
e ela me ofereceu uma arma pra lutar, eu aceitei e gritei: "Quem virá comigo?", mas ninguém
respondeu, então parti, e esse é o único registro que se tem de mim.

Eu dei as costas pra derrota, pro demônio, pra fama, riqueza, e vícios enquanto pude,
me apeguei a algo que pensei ser útil no caminho, mas ainda sei quem é meu inimigo,
então não se engane quando me ver por aí, posso não saber onde estou, mas nunca
me esqueci de onde vim e onde devo ir!

Ler ouvindo: "45" - Shinedown